Atletas que excedem seus limites durante os treinos podem ser acometidos pela dor muscular tardia. O quadro é mais comum do que deveria, apresentando consequências como enrijecimento, inflamação, inchaço e sensibilidade muscular – apresentada ao toque ou pela movimentação da área afetada. Ela decorre do estiramento das fibras musculares, sobretudo do tecido muscular conjuntivo.
Se antes a liberação de lactato era apontada como grande vilã, hoje estudos comprovam que não é bem assim. É fato que a liberação do lactato acontece após a realização de atividades musculares muito intensas e/ou muito prolongadas. Como a energia da pessoa é sustentada por processos bioquímicos que acontecem nos próprios tecidos musculares, o ácido láctico é produzido com a finalidade de sintetizar mais energia quando falta a fonte de oxigênio, mas é eliminado do organismo duas ou três horas após o término da atividade física. Durante esse período, o acúmulo da substância provoca sensação de “peso” muscular, cansaço e fadiga.
A dor tardia, por sua vez, está associada a microtraumas musculares. O esforço provoca lesões em algumas células musculares (fibras), que sofrem rupturas e derramam enzimas na corrente sanguínea, levando a uma resposta inflamatória que causa dor e edema. O pico pode acontecer mais ou menos 48h após o término das sessões de exercícios.
Muitos atletas sofrem os efeitos da dor muscular tardia e precisam de uma recuperação breve para continuar suas atividades – já que a dor não atrapalha apenas o treino, mas também diversas atividades cotidianas. As terapias manuais da Osteopatia têm sido utilizadas com bastante sucesso nesses casos, muitas vezes aplicadas durante os intervalos das baterias de provas, mas principalmente no pós-treino. Agindo diretamente na atenuação dos processos inflamatórios, as terapias auxiliam o processo de regeneração muscular e evitam as indesejáveis lesões.
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Tiago Vasconcellos
Crefito 76397-F