No mês de novembro iniciam-se as campanhas de atenção à saúde masculina. É mais comum do que deveria, mas os homens evitam ir ao médico, mesmo quando acometidos de sintomas que indicam problemas em sua saúde.
Isso acaba se traduzindo na mortalidade prematura de homens por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que somam 52% na estatística. E muitas dessas doenças estão ligadas ao estilo de vida dito masculino, como consumo excessivo de álcool, alimentação pobre em nutrientes (consumo excessivo de gorduras nocivas, refinados, embutidos), uso de tabaco, sedentarismo, entre outros maus hábitos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Estudiosos alertam, também, que o modelo de masculinidade imposto socialmente pode impactar de forma negativa quando o homem precisa tratar sua saúde mental, o que gera consequências terríveis.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de suicídio é quatro vezes maior entre homens do que entre mulheres. Para fornecer outro dado sobre a gravidade do assunto, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) aponta que os transtornos mentais estão por trás de 96,8% dos casos de morte por suicídio. E a depressão lidera o ranking.
Tendo em vista esses dados (tem muitos outros, mas aí precisaríamos de mais de um post para relatar), é urgente derrubar os tabus em relação a saúde masculina. O exame da próstata, que muitas vezes gera polêmicas e piadas, é apenas um dos itens da lista de precauções que o homem deve tomar em relação ao bem-estar do próprio corpo.
Homens, cuidem da sua saúde. Se o corpo manifestar sintomas, investiguem. Se ainda tiver suas reservas, apenas vá ao médico, ao terapeuta ou o especialista que for. Ninguém merece abreviar os próprios dias por preconceito.

Tiago Vasconcellos
Crefito 76397-F