Se ao realizar atividades esportivas que dependam da sustentação da cabeça (em posição supina ou inclinada) a cervical começar a doer fortemente, é hora de parar e analisar.

As condições mais comuns no desencadeamento da dor cervical são: tensão, posições viciosas (ao sentar-se, ao utilizar o celular ou computador) falta de fortalecimento nos músculos anteriores e posteriores da cervical, falta de estabilidade na cintura escapular e falta de mobilidade cervical e na coluna torácica. Vale destacar aqui que uma hipercifose torácia e a diminuição de mobilidade irá exigir uma hipercifose cervical compensatória, anteriorização da cabeça e hiperatividade do músculo esternocleidomastóideo. Invariavelmente, o corpo procurará o modo mais confortável de ficar durante a atividade esportiva e essa compensação poderá lesionar outras partes do corpo. Muitas vezes, um problema na cervical pode derivar em dores de cabeça, bem como causar diminuição da força nos membros superiores. Mas é possível reverter o quadro com tratamento multidisciplinar. A musculação e o treinamento funcional, por exemplo, oferecerão fortalecimento e consciência corporal. Os ciclos deverão ser desenvolvidos de maneira personalizada, levando em consideração o grau do problema. A fisioterapia e a osteopatia ficam ao cargo de diagnosticar e tratar a área afetada. Nesse caso, é identificada a disfunção que causa a sobrecarga na cervical (que pode ser articular, muscular entre outros) e suas consequências no organismo como um todo. A partir desse ponto é definido o tratamento e o número de sessões. Um dos pilares do tratamento é devolver a capacidade motora e funcional da pessoa e ajudar o organismo a se auto regular. Isso tudo será essencial para voltar aos treinos de maneira segura e no menor tempo possível.

Tiago Vasconcellos
Crefito 76397-F