Há uma série de discussões a respeito do assunto. Afinal, alongar antes ou depois do treino faz diferença?

Em primeiro lugar, nenhuma atividade deve ser iniciada sem que o corpo esteja aquecido. Essa é a principal condição e regra.

Dito isto, devemos esclarecer que o alongamento é fundamental dentro dos programas de exercício físico, tanto para atletas profissionais quanto amadores. Sua prática regular promove aumento da flexibilidade (no médio e longo prazos) e essa, construída com o tempo, traz estabilidade aos ligamentos e articulações, componentes fundamentais da biomecânica.

Alguns estudos apontam que o alongamento para promover ganhos na extensibilidade muscular de adultos jovens pode ser realizado durante 30 segundos, não havendo ganhos em tempos superiores. Já a relação da eficiência do alongamento, imediatamente antes ou depois da atividade física, para prevenir lesões não tem sido sustentada por muitos autores, apesar de existir controvérsias a respeito do assunto.

Segundo especialistas, a incidência de lesões está estritamente ligada ao tipo, frequência, intensidade e duração do treinamento. Além disso, excesso de peso, fraqueza muscular, falta de flexibilidade, doenças predisponentes e anormalidades anatômicas expõem o indivíduo à lesão e à diminuição do desempenho muscular.

O alongamento é o principal meio de aumentar a flexibilidade, a amplitude e o equilíbrio, mas para obter esses resultados ele deve ser parte da rotina de treinamento – a aula de alongamento é um exemplo. Assim, o atleta diminui potencialmente o risco de lesões músculo-tendíneas durante a execução esportiva.

Praticados sob a orientação de um profissional de educação física, os alongamentos só trarão benefícios, mas para que eles sejam duradouros é necessário que haja constância na prática.

Tiago Vasconcellos
Crefito 76397-F