Na Osteopatia existem algumas abordagens que enfatizam partes específicas do sistema musculoesquelético. Uma delas é a Osteopatia Craniana.

Ela foi desenvolvida para cuidar do sistema craniossacral e suas interrelações com todo o organismo. Esse sistema é composto pelas meninges e pelo líquor cefalorraquidiano – LCR, responsáveis pela proteção do cérebro e da medula. Ele é formado a partir do crânio e estende-se até o sacro (localizado no final da coluna vertebral). A correta fluidez do LCR é essencial para o funcionamento dos tecidos conjuntivos, que são formados pelas fáscias.

Poucos sabem que o crânio possui mobilidade e movimenta-se de maneira sincronizada com os batimentos cardíacos, além de reagir a ondas rítmicas emitidas pelo corpo e pela respiração. O crânio é constituído por 28 ossos e conta com mais de 100 uniões entre eles.

Quando o sistema está em desequilíbrio, o corpo da pessoa é acometido por sintomas que diminuem drasticamente sua qualidade de vida. Os encurtamentos no sistema muscular e as restrições na mobilidade dos ossos cranianos podem resultar em um bloqueio na circulação do LCR, prejudicando a comunicação do sistema nervoso com o corpo, gerando inúmeras disfunções.

Algumas delas são privação do sono, enxaqueca, zumbido no ouvido, labirintite, alucinações, dores crônicas no pescoço e na lombar, fadiga crônica e disfunções da articulação temporomandibular, entre outras causas.

A função da Osteopatia Craniana é devolver ao organismo sua integridade fisiológica, a capacidade produtiva da pessoa e a autonomia do corpo em realizar seus processos de regeneração.

O trabalho do Osteopata
Primeiramente, o osteopata analisa a pessoa de modo completo, investigando os sintomas relatados, o histórico clínico e até o estilo de vida; no mesmo dia, dá início ao tratamento, composto por sessões com duração média de 1 hora.
Por meio de terapias manuais articulares e musculares, o osteopata começa a busca por restrições de mobilidade entre os ossos e as suturas cranianas, por meio de toques leves e precisos. Essa manipulação libera as estruturas restritas e reestabelece a fluidez do líquido cefalorraquidiano, atenuando os sintomas diagnosticados.

Tiago Vasconcellos
Crefito 76397-F